sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Amor

Amor é a mágoa escondida
A melodia nunca tocada
Talvez, a visão perdida
Em troca da palavra amada

É a esperança sentida
Durante a súplica desesperada
Daquela horrível época querida
Quiçá, da alegria simulada

Amor é agir sem pensar
Somente por querer amar

HH
P.S.: Hoje é dia 29 de Fevereiro, só daqui a quatro anos é que é novamente.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Gula

Gula, s. f. excesso na comida e bebida, avidez, gulodice.

E é isso mesmo. Um dos pecados mortais, prazer e morte. Lembram-se dos gelados da “Olá” dos sete pecados mortais? Quem não gostava do Magnum Gula, interior de chocolate envolvido em chocolate branco? Acho que nunca foi tão bem conseguido um gelado pelo seu nome. Mas voltando à gula; este pecado mortal pode não ser considerado o mais mortal dos sete, e acho que são poucos os que nunca foram pecadores. Todos nós temos o nosso prato favorito, e momentos favoritos para dar lugar à gulodice. Eu, por exemplo, gosto de comer doces quando estou triste (isso deve explicar o porquê do meu peso). Há quem esteja anos e anos sem comer qualquer doce, mas praticando, ainda assim Avidez. Vejamos, a Gula não é apenas a ansiedade e ingestão de doçarias, mas a ingestão de qualquer alimento em excesso, nem que este seja, por exemplo, pão, ou vinho, ou batatas cozidas, ou grão, ou qualquer outro; e ainda, ambição. Pois é, a Gula pode significar Avidez, e esta usurpa tantos por tão pouco, é sempre necessária, mas por vezes, é mortífera.
Para mim, este pecado é um dos mais fortes, apoderando-se de nós com facilidade, em muitas circunstâncias, o que não acontece com outros. E, sim, sinto-o letal, aniquilando-me de prazer e ânsia aos poucos. Como fazê-lo extinguir-se? Acho que nunca haverá solução a esta problemática, e acho que isso o torna realmente mortal.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Como salvar uma vida?

Como salvar uma vida? “How to save a life” é uma música bastante conhecida da banda sonora da minha série televisiva preferida “Anatomia de Grey”.



“Step one you say we need to talk
He walks you say sit down it's just a talk
He smiles politely back at you
You stare politely right on through
Some sort of window to your right
As he goes left and you stay right
Between the lines of fear and blame
You begin to wonder why you came
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
Let him know that you know best
Cause after all you do know best
Try to slip past his defense
Without granting innocence
Lay down a list of what is wrong
The things you've told him all along
And pray to God he hears you
And pray to God he hears you
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
As he begins to raise his voice
You lower yours and grant him one last choice
Drive until you lose the road
Or break with the ones you've followed
He will do one of two things
He will admit to everything
Or he'll say he's just not the same
And you'll begin to wonder why you came
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
How to save a life
How to save a life
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life
How to save a life”

E como se pode salvar uma vida? Sinceramente, não faço ideia.
Oiço esta música vezes sem conta, porque me identifico com cada verso. O único problema é que não sei como salvar uma vida, não sei se o consigo fazer, não sei se tenho coragem para salvar uma vida, se consigo engolir o orgulho para salvar uma vida, se consigo, sequer, salvar uma vida.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Possibilidades

Como é possível? O que é possível? Dentro de todo o impossível? Nada é impossível, tudo pode acontecer, as lágrimas caiem sempre assim da mesma maneira, para baixo, é impossível caírem para cima porque assim estariam a subir, então algumas coisas são impossíveis. Sim, mais um texto sem sentido, com sentimento, com tudo aquilo que o mundo é, foi, irá ser. Pó, sim isso é o que mundo será o mundo será pó, as pessoas serão pó, vivemos para morrer, caminhamos para a morte todos os dias, fazemos mal a tudo todos os dias, destruímos o mundo todos os dias, e mesmo Assim vivemos a vida, as vezes sem ser à grande mas gostamos, queremos aproveitar, e quando chegar ao fim arrependemos, ou ficamos com pena, ou ficamos sozinhos.

Fazemos mal a nós próprios não fazendo o que temos mesmo de fazer, deixando o cérebro sobrecarregado em pensar, enquanto vemos o mundo a desfazer-se em frente é nossa própria cara, os nosso próprios olhos, vemos a destruição do nosso mundo a entrar por duas janelas das quais variam as core. Mas também fazemos aquilo que está cá dentro, um bocado mais a baixo que o pescoço, não usando a cabeça e magoamo-nos de qualquer das maneiras, ficamos mal de qualquer das maneiras, poderá ser em vão de qualquer das maneiras.

Agora pergunto-me, se essas duas maneiras poderão vir dar ao mesmo, e não há uma terceira opção, o que fazemos nós? Destruímo--nos?

Não, escolhemos uma das opções, seguimo-la e carregamos com as mágoas que vão chegando, tão simples como isso, andar, e andar, independentemente da escolha ser boa ou má, ter sido pensada ou ter sido intuitiva, virão coisas boas nessas escolhas e virão coisas más mas, temos que nos lembrar que a vida é realmente um mar de possibilidades e tem que haver sempre um momento bom se não, para que é que haveríamos nós de viver?


Nota: Perdão, substitui um outro texto por este. O outro era demasiado parecido com o último que tinha escrito.

E peço desculpa por não conseguir editar o texto.



Mary

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Acreditar em todas as mentiras, deixar passar todos os pecados, desculpar o que foi feito anteriormente, desculpar o que virá. É esta a nossa vida, a vida de humano, a vida de quem confia e tem que confiar, a vida em que, embora difícil de entender, confiamos uns nos outros, bem ou mal. Todavia, confiamos sempre, mesmo que seja o suicídio total ou parcial da alma, mesmo que seja algo muito mau, nunca acreditamos no pior, até mesmo quando o pior acontece, acreditamos no contrário disso porque não conseguimos acreditar.

É confuso? Pois, a mente das pessoas deste mundo é confusa e nada exacta, é o mundo em que vivemos, aquele que dá demasiadas voltas num só dia, e nós, nem sempre conseguimos apanhar todas as voltas dadas.

Nós, as pessoas, somos o pior dos animais! O mais malvado, o mais hipócrita, talvez esta bênção chamada inteligência tenha sido em vão, porque o homem utiliza-a para o mal (duvido que a natureza se quisesse estragar a si própria). Vêem? Nós somos BURROS. Nós, as pessoas, estragamos a natureza mesmo sendo natureza; somos maus e horrendos para os outros, porque é que não haveríamos de ser para a natureza?

Mas o pior é que nos enterramos porque queremos respirar. O pior é que nos queixamos mas não fazemos nada porque não conseguimos largar os vícios.

Porque, por vezes, parece que todo o esforço vale a pena. Parece que voltamos de novo ao inicio de todo o mundo, ao inicio do universo onde ainda nada foi feito e onde tudo cresce em qualquer espaço vazia…. Mas parece, apenas.

Mary


(Continuaremos a falar sobre os sete pecados mortais, este texto foi apenas algo fora dos mesmos, apesar de se poder aplicar de uma maneira ou de outra).

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Preguiça

Preguiça, s. f. mandriice, indolência, mamífero desdentado do Brasil.

Obviamente, não vou falar do mamífero desdentado do Brasil, mas sim de um dos sete pecados mortais, tal como já havia referido.
A preguiça pode não parecer um pecado tão mortal como o que é dito, mas na realidade, a preguiça faz de nós alguém que não tem iniciativa. E a iniciativa é algo bastante importante. Portanto, este suposto quarto pecado mortal, pode não ser pecado, contudo, mortal é-o de certeza. Pode não nos matar literalmente, mas mata-nos aos bocadinhos, tirando parte de nós quando não queremos fazer alguma coisa.
E então, agora, vou explicar porque o escolhi em primeiro lugar; porque, simplesmente, tenho preguiça de escrever muitas vezes, gosto de escrever, tenho ideias, mas tenho preguiça. Tal como tenho preguiça de fazer muitas outras coisas, a preguiça já me fez mal, já me fez trabalhar arduamente quando não era necessário. Esta preguiça está a impedir-me de estudar para os quatro testes que tenho para a semana, de passar a minha roupa a ferro, de arrumar a cozinha, e de dizer coisas que quero.
A preguiça é muitas vezes letal. Corrói-nos por dentro, interioriza uma ideia de indiferença em relação a muitas coisas. Podíamos tornar o mundo melhor se não fossemos tão preguiçosos.
Existe uma máxima (por sinal, uma das máximas da qual eu mais gosto) associada à preguiça: “Nunca deixes para amanhã o que podes fazer hoje”, dita pelo Sr. Benjamin Franklin, o homem da electricidade. Realmente, se ele tivesse sido preguiçoso talvez eu não estivesse a escrever no meu computador agora.
São pequenas coisas que fazemos (ou que não fazemos) que são importantes, e a preguiça arruína tudo. A preguiça é realmente algo do qual nós não podemos fugir, porque somos humanos e, hoje em dia, faz parte da nossa existência sermos preguiçosos. O mundo pode acabar se continuarmos assim. A preguiça é realmente mortal. E até quando seremos preguiçosos?

domingo, 25 de novembro de 2007

Sete Pecados Mortais

Todos nós já ouvimos falar dos sete pecados mortais, mesmo que não sejamos religiosos. Todos conhecemos os principais: luxúria, inveja, gula... Porém, entre estes ainda existem a arrogância, ira, preguiça e avareza. Então, nós, Hermy e Mary, decidimos escrever sobre estes. Não por sermos religiosas, mas por estes sete pecados serem como pequenas armas para comportamentos destrutivos.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Pequena Casa

Existia uma pequena casa feita de cimento e tijolo. Por fora, parecia pacata e relativamente normal. Não tinha a arquitectura mais moderna, inovadora e bonita, mas não era má de todo. Sorria aos compradores, talvez por querer que a fechadura fosse utilizada quotidianamente. A porta, porém, era forte, parecia ser à prova de bala... E o algeroz era interior, o escoamento de águas não se dava pelo exterior; a água infiltrava-se lentamente pelas paredes e apodrecia os materiais. Agora, por dentro, nunca ninguém imaginaria que esta modesta casa tinha pilares tão fortes. Era escura, as janelas só tinham visibilidade para o lado de fora. Não haviam vestígios de utilização, só existiam partes um pouco gastas, quiçá, devido a agentes erosivos. Não havia um ambiente normal nesta pequena casa, não parecia normal. O chão estava coberto de pó, sombras, memórias. Algo dava a entender que estava danificada. Ninguém a queria comprar, o preço era demasiado alto para a casa que era. Talvez porque eu era essa casa.
Hermy

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Porto seguro

Sinto-me tão fundo, tão fundo... Não sei se consigo subir novamente, não sei se quero subir novamente. Tenho medo, sinto-me tão forte, e tão fraca. Não sei o que fazer... Procuro na minha consciência compreender o que quero fazer, e não encontro respostas. Quero respostas, quero responder, mas não consigo. Quanto tempo mais tenho de ficar neste impasse? Não sei... É como se tivesse uma enorme ferida no peito, e fosse arrancando a costa sempre que cicatriza... Como se gostasse dessa dor, como gostassem de me ver nessa dor. Fico tão bem na minha dor, na minha alegria fingida. Não sei ao certo quanto tempo vou aguentar mais... Não sei ao certo se consigo aguentar mais, mas algo eu sei, estou a meio caminho de algo, do quê? Não sei. Estou demasiado frágil, e quanto mais frágil estou, mais dura quero parecer, como se fosse inquebrável. Não estou a conseguir fazer o que faço, não estou a conseguir, sequer, tentar... Ver-me a não ser o que sou, o que os outros vêem em mim é exaustivo. Estou exausta, tudo me deixa exausta. Não sei quanto tempo aguentarei nesta dor invisível. Espero pelo dia em que tudo acabe. Preciso duma lufada de ar fresco... Mas não tenho porto seguro desta vez. Salva-me desta escuridão, salva-me só desta escuridão. Por favor, salva-me.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Breakable


Ingrid Michaelson - Breakable
“Have you ever thought about what protects our hearts?
Just a cage of rib bones and other various parts.
So it's fairly simple to cut right through the mess,
And to stop the muscle that makes us confess.
And we are so fragile,
And our cracking bones make noise,
And we are just,
Breakable, breakable, breakable girls and boys.
You fasten my seatbelt because it is the law.
In your two ton death trap I finally saw.
A piece of love in your face that bathed me in regret.
Then you drove me to places I'll never forget.
And we are so fragile,
And our cracking bones make noise,
And we are just,
Breakable, breakable, breakable girls and boys.
And we are so fragile,
And our cracking bones make noise,
And we are just,
Breakable, breakable, breakable girls-
Breakable, breakable, breakable girls-
Breakable, breakable, breakable girls and boys”

Eu acho que esta música tem um significado para além do som e da letra. Este “slide show” é quebradiço. Frágil… Como queiram. Gosto da música, e não é o meu género de música, mas gostei tanto, que achei que merecia vir para aqui.

Hermy