“Vou contar-te um segredo. Não contes a ninguém! Prometes?” Oh, toda a gente já disse isto uma vez na vida. A verdade é que por mais secreto que seja um segredo poderá vir a ser de conhecimento geral um dia, mais cedo ou mais tarde. Algo que não é muito saudável é manter um segredo fechado dentro de uma gaveta cuja chave perdida nas entranhas das nossas memórias não voltará a ser encontrada. Há segredos bem escondidos, há segredos bem visíveis, há segredos que nem são segredos, pois mesmo antes de serem segredos já haviam sido conhecidos, há segredos que nunca serão desvendados, e ainda, há segredos que estão tão esquecidos que deixaram de ser segredos. Há aquele segredo inocente de primária, há o segredo do saber, há o segredo do amigo, há o segredo do prazer, há o segredo do Universo, e há o segredo da Natureza. Há segredos pequenos, há segredos grandes, segredos que são infinitos. O segredo da poesia, o segredo da pintura, e, finalmente, há o segredo dos Deuses, onde todos os segredos se encontram, pois cada segredo é guardado dentro da memória do Deus do emissor. Eu, como já devem ter calculado, guardo os segredos na gaveta. É um modo muito mais simples, não?
Hermy
2 comentários:
Pois, os segredos sabem-se sempre a não ser que sejam esquecidos.
nunca se sabe em quem confiar tambem...
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